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O que são as cleantechs e como elas atuam no Brasil e no mundo

As cleantechs são o mercado do futuro. A ideia de que a única função de uma empresa seja vender ficou totalmente no passado. Hoje,deve estar embutido em seu propósito uma função social, deixando clara a preocupação com a comunidade e com o meio ambiente. É para virar o jogo que se desenha – de um mundo literalmente se deteriorando – que iniciativas como as cleantechs se sobressaem.

Mas afinal o que são as Cleantechs?

Também chamadas de “startups verdes”, essas empresas cuidam, sobretudo, da sustentabilidade na sociedade, utilizando a inovação como alicerce para melhorar o desempenho dos negócios, principalmente reduzindo desperdícios e custos.

Seu objetivo é justamente: a sintonia entre o crescimento do mercado e a eliminação do impacto ecológico negativo. Tudo isso com um crescimento calculado: especula-se que, em 2022, essa indústria movimente aproximadamente US$ 2,5 trilhões, conforme dados do Smart Prosperity Institute.

Os 8 setores de atuação das cleantechs, quais seus benefícios e, juntos, no que eles resultam?

De acordo com a Kachan, uma consultoria e publicação focada no setor, existem oito grandes nichos, que se subdividem em outras subcategorias, e que desembocam em uma visão de futuro de um mundo mais sustentável:

  • Agro: cultivo, agricultura em ambiente controlado, silvicultura sustentável, criação de animais e agricultura.
  • Água: produção, tratamento, distribuição, eficiência no uso da água, monitoramento e conformidade.
  • Ar e Meio Ambiente: controle de emissões, biorremediação, reaproveitamento de resíduos, monitoramento e conformidade.
  • Armazenamento de energia: sistema de armazenamento químico, sistema de armazenamento térmico, sistema de armazenamento mecânico e sistema de armazenamento elétrico.
  • Eficiência: redes inteligentes (smart grids), arquitetura verde (green building), cogeração, semicondutores e sistemas de consumo colaborativo.
  • Energia Limpa: eólica, solar, combustíveis renováveis, energia dos oceanos, biomassa, geotérmico, células de combustível, resíduos, nuclear e hídrica.
  • Indústria Limpa: inovação em materiais, inovação em design, inovação em equipamentos, processos produtivos, monitoramento e conformidade e embalagem ecológica.
  • Transporte: veículos, gestão de tráfego, infraestrutura e abastecimento/carregamento.

Tudo isso desemboca nas smart cities – As cidades inteligentes

Na projeção perfeita, uma smart city utilizaria dispositivos conectados para monitorar e gerenciar todos os seus espaços públicos. Por exemplo, existem modernos sistemas de videomonitoramento que possibilitam acompanhar o fluxo de veículos e ter uma atuação mais rápida em casos de acidentes e de crimes. Assim, a população passa a contar com serviços de segurança pública de melhor qualidade.

De acordo com o Cities in Motion Index, existem nove variáveis consideradas para indicar o nível de inteligência de uma cidade. São elas: capital humano, coesão social, economia, meio ambiente, governança, planejamento urbano, alcance internacional, tecnologia e mobilidade e transporte.

Londres é um ótimo exemplo em mobilidade urbana; Nova Iorque se destaca no quesito planejamento urbano; Amsterdã tem um exímio alcance internacional; e outras cidades que podem ser citadas como exemplo são Paris, Reykjavik e Tóquio.

No Brasil, podemos citar São Paulo, Rio de Janeiro, Curitiba, Brasília, Salvador e Belo Horizonte. Para exemplificar, vejamos Curitiba: desde 2014, a cidade tem uma frota de Ecoelétricos – um veículo de baixo impacto ambiental, projetado para reduzir a emissão de gases nocivos ao clima – e com isso, poupou 12.264 kg de gás carbônico, imensamente prejudiciais à atmosfera.

Outro destaque é Salvador, que investe em tecnologias como semáforos inteligentes, sensores de encostas, pluviômetros automáticos, estações de monitoramento de qualidade do ar e smart grids (redes elétricas inteligentes).

Cleantechs no Brasil

Segundo o Mapeamento do Ecossistema de Startups de Cleantech no Brasil, o país conta com 136 empresas do ramo. O setor recebe investimentos anuais, inclusive com um comitê voltado ao segmento dentro da ABStartups.

Para conhecer mais sobre as Cleantechs, acesse o infográfico completo

*por Equipe TecMundo FONTE: TecMundo