Terracotta Ventures lança fundo de R$ 100 milhões para apoiar construtechs e proptechs
Fundada em 2019 por Bruno Loreto e Marcus Anselmo (foto), em Florianópolis, gestora espera investir em até 20 startups do mercado de construção civil e imobiliário nos próximos quatro anos
O mercado de inovação e tecnologia ganha nesta semana um dos poucos fundos setoriais para investimento em startups. A Terracotta Ventures, gestora fundada em 2019 por Marcus Vinicius Anselmo e Bruno Loreto para alavancar o setor de construtechs, anunciou hoje (11.03) um fundo de R$ 100 milhões com os quais pretende investir em até 20 empresas nos próximos quatro anos, segundo a Exame.
Entre os investidores que compõem o fundo, estão a Cyrela e o grupo Gerdau. A Terracotta, fundada a partir da expertise dos sócios com um programa de venture builder criado no passado pela Softplan (Construtech Ventures), já chegou ao mercado com a missão de levantar esse fundo, como contou à época os sócios fundadores ao SC Inova.
“Vimos se repetir no Brasil o mesmo fenômeno que começou há quatro anos nos EUA e na Europa: novos empreendedores apostando no setor, investidores aumentando suas apostas, casos de sucesso chamando atenção do mercado e grandes empresas se voltando às startups como fonte de oportunidades”, disse Bruno Loreto sobre o que levou ao surgimento da Terracotta.
Neste período, a empresa se tornou referência no mercado de construção civil e imobiliário ao monitorar startups da área com o “Mapa de Construtechs e Proptechs”, esteve em contato direto com serviços e consultorias a grandes players e já realizou alguns aportes. Um dos mais recentes foi a coparticipação, ao lado da Invisto e da Domo Invest, do round de R$ 5,5 milhões na Rede Vistorias – empresa de Florianópolis que é líder nacional em vistorias de ativos imobiliários.
“Várias grandes empresas já começaram suas conexões com o ambiente de startups, já entenderam o que funciona e o que não funciona, e agora passam a enxergar oportunidades de uma outra maneira, sabendo melhor como investir”, explicou Marcus Anselmo, ao lançar a Terracotta.
Segundo o Mapa de Construtechs e Proptechs 2020, que a Terracotta lançou em meados do ano passado, o Brasil contava então com 702 startups no Brasil com soluções para este mercado, um crescimento de 28% na comparação com o estudo lançado em 2019 (eram 570 identificadas) e de 180% com relação ao primeiro mapeamento feito no país (que listava 250 startups), em 2017.
Em termos de distribuição geográfica, São Paulo continua como o principal polo de construtechs e proptechs do país – com 293 novos negócios, ou 41% do total – enquanto Santa Catarina está em segundo lugar (são 83 startups, que representam 12% de todo o país). O maior volume de startups está concentrado na oferta de Aquisição de Imóveis (33%), seguido pelo mercado de propriedades em uso (31,5%), construção e ambiente de obra (26,8%) e fase de projetos e viabilidade (8,25%).
*Fonte: SC Inova | Foto: Divulgação