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12 tendências digitais que vão acelerar em 2021

Hiperautomação, Internet do Comportamento, AI Engineering, privacidade e segurança by design são algumas das grandes vertentes do novo ano.

Em 2020, o digital fez a diferença na vida de empresas e pessoas. As organizações correram para ganhar agilidade e melhorar as experiências dos clientes e dos funcionários, apoiando-se em plataformas e tecnologias digitais para mudar processos e modelos de negócio. Esse é um movimento sem volta.

Em 2021, o foco na digitalização aumenta. Estratégias baseadas em dados (API First) e automação vão se juntar a projetos para acelerar a migração de mais cargas de trabalho para a nuvem visando otimizar e reduzir custos. Além disso, tecnologias que apoiam o movimento em direção à personalização das ofertas ganham mais espaço, bem como cibersegurança e governança de dados.

Juntamos as previsões de tendências de grandes consultorias para 2021, destacando as mais relevantes. Confira:

Hiperautomação – Uma abordagem usada para identificar, examinar e automatizar rapidamente o maior número possível de processos de negócios e de TI. A pandemia aumentou a demanda com a necessidade repentina de que tudo seja “digital first” e, segundo o Gartner, levou mais de 70% das organizações a criar dezenas de iniciativas de hiperautomação. Prepare-se para ouvir falar bastante também em RPA, observabilidade, etc. As empresas vão usar automação e inteligência artificial para reforçar áreas deficientes e livrar a força de trabalho das tarefas manuais repetitivas, focando nas tarefas mais estratégicas.

Internet of Behaviours (IoB) – A Internet de comportamentos (IoB) está surgindo à medida que cresce o número de dispositivos que capturam nossas pegadas digitais. Combina tecnologias existentes que focam no indivíduo – Reconhecimento Facial, rastreamento da localização e Big Data, por exemplo – e associa os dados a eventos comportamentais, como compras em dinheiro ou uso de dispositivo. O termo “Internet of Behaviors” apareceu pela primeira vez nas previsões de tecnologia do Gartner para 2020. A consultoria prevê agora que até o fim de 2025 mais da metade da população mundial estará sujeita a pelo menos um programa IoB, seja ele comercial ou governamental.

Total Experience (TX) – As organizações precisam de uma estratégia de TX na medida que as interações se tornam mais móveis, virtuais e distribuídas, principalmente devido à Covid-19. Evolução do conceito de Multiexperiência apresentado pelo Gartner em 2020, a Experiência Total (TX) é uma estratégia que conecta a Multiexperiência às disciplinas de User Experience (UX), Customer Experience (CX) e Employee Experience (EX). Quem conseguir implementar a TX, segundo a consultoria, vai superar as concorrentes nas principais métricas de satisfação nos próximos três anos.

CDP (Customer Data Platforms) – Nenhum dado é mais valioso do que os dados de comportamento primário, derivados diretamente de seus clientes. Combinados com dados de terceiros, ajudam na personalização das ofertas e na conversão. Assistimos a uma verdadeira explosão de plataformas de dados de clientes (CDP) nos últimos meses. E a tendência é que esse movimento se intensifique, por causa da aceleração contínua da coleta de dados em um ecossistema em constante expansão de pontos de contato com os consumidores.

Governança de dados – Otimizar cargas de trabalho de BI e Analytics; preparar e provisionar os dados que os usuários e aplicativos precisam; e abordar requisitos críticos de governança, continuarão sendo enormes desafios em 2021, junto com a adequação às legislações de proteção de dados e às demandas crescentes de respeito à privacidade.

Soluções nativas na nuvem – Microsserviços, contêineres e Kubernetes serão essenciais para o avanço da inovação e a consequente obtenção de melhores resultados de negócios. Com os microsserviços, as organizações podem se adaptar rapidamente às mudanças nas solicitações e demandas dos clientes, bem como oferecer serviços que criam uma vantagem competitiva. Um estudo da IDC aponta que até o final de 2021, quase 75% das empresas na América Latina mudarão para infraestrutura e aplicativos centrados na nuvem (Cloud Centric IT).

Service Mesh – Service mesh vem sendo considerado um padrão arquitetônico para escalar as implantações de microsserviços. Segundo o Gartner, seu foco é tornar as comunicações serviço a serviço mais seguras, rápidas e confiáveis. Como ainda é uma tecnologia nova, muitas empresas que chegaram a fazer testes em 2020 têm planos de avaliá-la ou implementá-la nos próximos 12 meses.

Cybersecurity Mesh – A malha de segurança cibernética permite que qualquer pessoa acesse qualquer ativo digital com segurança, não importa onde o ativo ou pessoa esteja localizado, apoiando-se em um modelo de entrega em nuvem e transformando a identidade de cada pessoa em um perímetro de segurança. Em 2025, a Cybersecurity Mesh oferecerá suporte a mais da metade das solicitações de controle de acesso digital, estima o Gartner.

Privacy-enhancing computation – Os riscos de privacidade e não conformidade aumentam conforme legislações de proteção de dados amadurecem e os ambientes híbridos exigem uma atenção maior com a cibersegurança e a segurança da informação. A privacy-enhancing computation protege os dados em uso, enquanto os controles de segurança mais comuns só se focam nos dados em repouso. A previsão é que até 2025 metade das grandes organizações implementará tecnologias que foquem em privacidade para processamento de dados em ambientes não confiáveis ​​e casos de uso de análise de dados envolvendo várias partes. O DevSecOps e o Privacy by Design estarão em alta.

Inteligência Artificial – Muitos analistas garantem que as empresas mais corajosas levarão a IA a novas fronteiras, como reuniões holográficas para trabalho remoto e manufatura personalizada sob demanda. Mais empresas aproveitarão a visão computacional e o processamento de linguagem natural (PNL) para dados não estruturados, como imagens, áudios e vídeos. A forte pressão dos usuários levará os modelos a ser tornarem mais transparentes e explicáveis. Ouviremos muito mais sobre ética e padrões de IA. E a nuvem a IA se tornarão praticamente simbióticas.

AI Engineering – O caminho para a produção de IA passa pela AI Engineering, uma disciplina focada na governança e gerenciamento do ciclo de vida de uma ampla gama de soluções de IA e modelos de aprendizado de máquina. A AI Engineering tem três pilares principais – DataOps, ModelOps e DevOps. Uma estratégia robusta facilitará o desempenho, escalabilidade, interpretabilidade e confiabilidade dos modelos de IA, ao mesmo tempo que oferecerá valor aos investimentos em IA.

Edge Computing – A computação de borda é uma das mais notáveis tecnologias que foi acelerada pela pandemia, pois permite processamento local de boa parte dos dados, em dispositivos inteligentes “na borda”, reduzindo latência e ampliando inteligência nas decisões em tempo real. Aplicações práticas estão finalmente surgindo onde essa arquitetura pode gerar benefícios reais.

 

*Fonte: Inovabra.