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Ecossistemas de Startups: Como ficam no futuro?

À medida em que as relações de negócios e de trabalho estão mudando. Os ecossistemas de Startups também se tornam diferentes no futuro. As mudanças influenciadas por movimentos abruptos em nossos comportamentos e no mercado em razão da Crise do COVID-19, também estão transformando algumas dinâmicas do mercado.

Um exemplo claro, é que a crise da COVID mostrou aos mais céticos que o trabalho remoto é viável e, para muitas empresa e seus funcionários, melhor.

Tendências do Mundo

Á princípio, estão surgindo algumas questões quando falamos em Ecossistema de Startups, que serão interessantes de acompanhar e estudar sua evolução que deverá ditar o novo modo de operação dos negócios nos próximos anos, como:

  • Como serão as regras para proteção do trabalhores de gig economy e freelancing maior, e a evolução das leis trabalhistas em geral.
  • A cultura e a estrutura das empresas em ambiente remoto e distribuído.
  • A remodelagem dos centros urbanos e de escritórios.

Recentemente saiu o Relatório Anual sobre com Ranqueamento Global dos Ecossistemas de Startups pela Startup Genome, que colocou o Vale do Silício figurando na primeira colocação, seguido por, empatados da segunda colocação, Nova York e Londres. 

Os fatores usados para o ranqueamento dos ecossistemas de startups globais são: performance das empresas, funding, talentos, conexão, conhecimento, entre outros.
São Paulo ficou em 30º, saindo da lista de emergentes para de fato ficar entre os Top 30.

Mas hoje, ainda é muito concentrado o poder dos maiores ecossistemas de startups. De acordo com dados do estudo, a criação de valor dos 10 maiores ecossistemas representaram 74% de todos ecossistemas. Mas deve mudar.

Ecossistema Empreendedor: Como funcionam?

Como deverá ser o futuro do ecossistema de startups?

De acordo com Brad Feld, investidor de Venture Capital, e autor de Venture Capital Deals, e “Community for Startups” (Comunidades para Startups), as comunidades de Startups funcionam como sistemas complexos. Nele, diversos fatores influenciam outros fatores, que influenciam outros, e assim, sucessivamente. Sem uma linearidade pré-programada, criando um sistema único.

Uma linha de raciocínio desse sistema é que a quantidade de investimento influencia, o grau de talentos, que influencia na performance das empresas, que influencia em funding e em novos centros de conhecimento e assim por diante.

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Sobre as pessoas e o ecossistema

Além disso, os fatores para o ranqueamento têm sido fortemente afetados pela crise do COVID-19, e estão se remodelando e trazendo novas formas de se trabalhar que afetará os ecossistemas. Por exemplo:

  • Talentos: muitas empresas anunciaram que não voltarão aos seus escritórios, pelo menos no curto ou médio prazo, e, ainda, outras comunicaram que serão uma empresa de funcionários distribuídos remotamente para sempre. O trabalhador da era remota buscará viver em cidades com uma qualidade e custo de vida melhor, saindo dos grandes centros. Isso deve afetar também o custo ou competição salarial.
  • Funding: Neste período do COVID-19 investidores tiveram que fazer investimentos de forma remota, sem a necessidade de fechar o acordo no mesmo local. Isso também deve pulverizar os investimentos para fora de centros urbanos.
  • Conhecimento e Conexão: a educação e os eventos mudando para um formato digital, dando acesso para se conectar e aprender de forma online, dando mais acesso.

Ecossistema em transformação

Por outro lado, um fator interessante dessa transformação é que ela está construída pelas próprias Startups e agentes da nova economia, por meio de soluções que viabilizem uma nova forma de se trabalhar e conectar. 

Faz algum tempo que o Vale do Silício vem deixando de ser um ecossistema único globalmente. Por exemplo, hoje, a China, o Reino Unido e a Costa Leste mostraram forte desenvolvimento em seus ecossistemas. Hoje, mais do que nunca, o Vale Silício é um estado de espírito para empreendedores se inspirarem.

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Assim como o Vale do Silício iniciou a consolidação de seu ecossistema depois da Bolha da Internet em 2002, e China e Londres tiveram essa consolidação depois das Crise Financeira em 2009, a crise atual deverá criar novos ecossistemas de alta relevância para a Economia Global de Startups.

Em suma, o relatório pontua que não um novo Vale do Silício e sim 30 ecossistemas globais. Tendo eles características de especialidades como Shenzhen, como hub de robótica e tecnologias de hardware, e de hubs regionais como São Paulo, na América do Sul.

*por Guilherme Lima Fonte: Acestartups